Os agricultores são subestimados. Enquanto passamos os nossos dias ocupados com apresentações de PowerPoint e a verificar mais uma vez se não há uma palavra que rima com laranja, eles andam a alimentar o mundo inteiro (o que é um trabalho ainda mais difícil do poderá pensar). É por isso que queremos fazer tudo o que pudermos para entender os desafios que eles enfrentam e descobrir formas de ajudar. Estamos a trabalhar com os nossos agricultores para garantir que os nossos ingredientes são cultivados de uma forma que seja boa para eles e para o planeta em que crescem.
Neste momento, estamos a trabalhar numa série de projetos que reduzirão a desigualdade, reduzir emissões de carbono, apoiarão a biodiversidade e nos ajudarão a alcançar o nosso objetivo de obter 100% dos nossos ingredientes de modo sustentável até 2023.
Os nossos ingredientes constituem a maior parte da nossa pegada de carbono, representando um pouco mais de 50% das nossas emissões totais. Para garantir que estamos a reduzir esse valor, lançámos o nosso fundo de inovação agrícola - um montante anual que ajuda os agricultores a melhorar a biodiversidade e os meios de subsistência, ao mesmo tempo que captam carbono. Estamos também a trabalhar com as nossas fábricas para reduzir o seu consumo de energia e usar mais energia renovável através do nosso programa de envolvimento com fornecedores.
Gostamos de conhecer bem os nossos produtores. Nada bate uma boa conversa acompanhada por uma chávena de chá (não se esqueça que vimos de Inglaterra), pelo que nos encontramos regularmente com os produtores agrícolas, auditores independentes e pessoas de organizações de sustentabilidade global para conversar sobre como podemos cultivar os nossos ingredientes da forma mais sustentável.
Uma vez que desenvolvemos as nossas próprias normas de sustentabilidade em 2007, o número de marcas e retalhistas que usam normas, regimes de certificação e de rotulagem aumentou de modo incomportável para alguns fornecedores. Para resolver esta questão, unimo-nos à SAI (Sustainable Agriculture Initiative) e a mais de cem marcas para nos comprometermos a cumprir a norma FSA (Farm Sustainability Assessment). Desenvolvemos três percursos com os nossos fornecedores, o que os ajudou a atingir a norma FSA através da implementação, equivalência com outras normas formalmente aprovadas como a Rainforest Alliance ou um projeto com orientação sustentável. Se fica tão animado ao ouvir falar de normas de sustentabilidade em agricultura quanto nós, pode ler mais aqui sobre a iniciativa.
Cumprir normas de sustentabilidade é apenas uma peça do puzzle de agricultura sustentável. Estamos também a investir em outras áreas para ajudar a reduzir a desigualdade, aumentar a biodiversidade e lidar com o flagelo das alterações climáticas.
Juntámo-nos com os Emerging Leaders (instituição de solidariedade especializada em desenvolver o potencial humano) para ajudar a apoiar e a capacitar agricultores em comunidades mais vulneráveis. Faz parte do nosso objetivo para reduzir a desigualdade investindo em 10.000 famílias de agricultores até 2023.
As abelhas são extraordinárias. Não temos a mínima dúvida disso. Se não fosse por estes pequenos polinizadores voadores, cultivar a fruta que é triturada nas nossas bebidas seria complicado. Então estamos a investir em alguns projetos novos que visam apoiar os polinizadores do mundo através da construção de hotéis de abelhas, da criação de corredores de vida selvagem e da redução do uso de pesticidas. Vamos testar tudo em 1000 hectares de terra e assim que tivermos uma ideia concreta do que funciona ou não, vamos ampliar o processo a uma escala maior.
Cultivar, esmagar e transportar os nossos ingredientes é de onde vem 42% da nossa pegada de carbono. Estamos a trabalhar em formas de cortar o carbono das nossas quintas agrícolas e de todas as outras partes do nosso negócio também.